Sem que nos apercebessemos
No esquecimento dos nossos coraçoes
Em pequenos gestos furtivos
Os anos deslizaram
sobre nos e o nosso amor.
Foi um tempo que se perdeu
Como uma formula magica
De silencios contidos e esquecidos
Escanzelados frios como neve cortante
Plantada num tronco de cerejeira
Que outrora foi nosso
Onde as taças de lilazes risonhos
Emanavam um doce alivio
Onde as flores desabrochavam
Risonhas cores de festim primaveril
Agora pendem as folhas secas de Outono
Amarelecidas pelo tempo
Moram agora nos meus olhos
Um poço de desgosto
Igual a um passaro ferido
Num imortal testemunho de ternura
Que ja foi nossa e que o tempo fez silenciar.
4 comentários:
A falta do sol elimina o despontar das flores mais mimosas...
As mais adultas ficam ressequidas
Sem vida...
Até ás primeiras chuvas do Outono
Espreremos então pelo sol e a chuva de Outono
A editar no meu próximo livro que se intitulará (Talvez) "Além de Mim"
Isabel, creio que foste tu que escreveste este belo poema...
Só te digo que está divinal..
Parabéns!
Um beijo meu
Dolores
que posso eu dizer depois de ler estas linhas, estou rendida:).
Parabéns por estas palavras.já pensou em dedicar-se a publicar um livro eu iria de certo comprar alguns exemplares e mostrar ao mundo todo, o orgulho que sinto em si. Adoro-a muito.
O sol faz-nos ver as situações com clareza. Reconforta-nos. Lindo amiguita.
Beijo doce
Mara
Por vezes é na magia do silencio, que mais palavras se dizem.
Na magia de um olhar, num sorriso, num afago.
Abraços
Gui
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