""Eu segurei muitas coisas em minhas mãos e eu as perdi; mas tudo que eu coloquei nas mãos de Deus eu ainda possuo." Martin Luther King

Passaro ferido

Sem que nos apercebessemos No esquecimento dos nossos coraçoes Em pequenos gestos furtivos Os anos deslizaram sobre nos e o nosso amor. Foi um tempo que se perdeu Como uma formula magica De silencios contidos e esquecidos Escanzelados frios como neve cortante Plantada num tronco de cerejeira Que outrora foi nosso Onde as taças de lilazes risonhos Emanavam um doce alivio Onde as flores desabrochavam Risonhas cores de festim primaveril Agora pendem as folhas secas de Outono Amarelecidas pelo tempo Moram agora nos meus olhos Um poço de desgosto Igual a um passaro ferido Num imortal testemunho de ternura Que ja foi nossa e que o tempo fez silenciar.

4 comentários:

Mª Dolores Marques disse...

A falta do sol elimina o despontar das flores mais mimosas...
As mais adultas ficam ressequidas
Sem vida...
Até ás primeiras chuvas do Outono

Espreremos então pelo sol e a chuva de Outono

A editar no meu próximo livro que se intitulará (Talvez) "Além de Mim"

Isabel, creio que foste tu que escreveste este belo poema...

Só te digo que está divinal..

Parabéns!

Um beijo meu

Dolores

Joaninha disse...

que posso eu dizer depois de ler estas linhas, estou rendida:).
Parabéns por estas palavras.já pensou em dedicar-se a publicar um livro eu iria de certo comprar alguns exemplares e mostrar ao mundo todo, o orgulho que sinto em si. Adoro-a muito.

Mara disse...

O sol faz-nos ver as situações com clareza. Reconforta-nos. Lindo amiguita.
Beijo doce
Mara

Gui disse...

Por vezes é na magia do silencio, que mais palavras se dizem.
Na magia de um olhar, num sorriso, num afago.
Abraços
Gui